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Carta 240Janeiro 2025
Comentário do gestor
Prezados Coinvestidores,
Iniciamos o ano com uma pequena recuperação dos depreciados preços dos ativos brasileiros.
Muitas empresas brasileiras estão baratas, mas os juros altos e as preocupações com os recorrentes déficits públicos do Governo brasileiro e a consequente elevação da dívida pública são assuntos que merecem muita atenção.
O cenário macroeconômico que fez com que os preços se depreciassem não mudou. O que mudou foi que os preços depreciados chamaram compradores e os investidores estrangeiros foram os principais compradores de ações brasileiras em janeiro.
Seguimos com muita cautela e prudência nesse período de juros altos no Brasil.
Mantemos boa posição em caixa e temos um portfólio de empresas mais diversificado.
Hoje, nossos fundos de ações estão com ações de mais de 20 empresas, todas com muito potencial de valorização, com bons fundamentos econômicos de longo prazo, muitas líderes em seus negócios e aguardando motivo para destravar valor.
Nessas horas, a paciência é a virtude mais importante. Não sabemos quando os preços irão convergir para o valor e saber esperar é uma virtude necessária para sermos bem sucedidos.
Em janeiro, o Banco Central do Brasil subiu a taxa de juros para 13,25% ao ano. Uma nova alta, para 14,25%, já está contratada para a reunião de março. E o mercado discute até onde irá a taxa Selic, se passará dos 15% ou não, ao longo de 2025.
Fato é que já estamos com a maior taxa de juros real do mundo: 9,18%.
A taxa real é uma combinação da inflação projetada para os próximos 12 meses – de 5,5% considerando dados do Relatório Focus do BC – e dos juros de mercado de 12 meses à frente, utilizando o contrato de depósito interbancário.
A sinalização de um eventual desaquecimento da economia brasileira foi vista como uma boa notícia pelo mercado, na medida em que poderá ajudar a conter a inflação e taxas de juros maiores – isso se o Governo não atrapalhar com mais expansão de gastos.
O Banco Central Americano manteve sua taxa de juros entre 4,25% e 4,5% ao ano, enquanto o Banco Central Europeu reduziu sua taxa de juros para 2,75% ao ano.
No dia 20 de janeiro, Donald Trump assumiu a Presidência dos Estados Unidos para um segundo mandato, mas agora com maioria no Congresso Americano.
O seu slogan “Make America Great Again” (“Faça os EUA Grande de Novo”) diz muito dos objetivos de Trump, especialmente agora que ele vem com força e vontade para um segundo mandato no país que é a maior economia global.
Em seu livro “A Arte da Negociação”, de 1987 (de 38 anos atrás), ele já deixava claro suas estratégias de negociação, como mencionado na frase que inicia essa carta, no caso da compra do hotel Commodore, em Nova Iorque.
Trump vem do setor privado. É um empresário formado no setor da construção civil de uma das cidades mais caras e movimentadas do mundo.
Na segunda semana de mandato, Trump avisou que, a partir de 1º de fevereiro, sábado passado, iria impor tarifas agressivas de importação de 25% para produtos do Canadá e México e de 10% para produtos da China.
Na segunda-feira, dia 03 de fevereiro, após uma conversa telefônica entre Trump e Claudia Sheinbaun, presidente do México, ela se comprometeu a deslocar 10.000 soldados para a fronteira com os EUA, com o objetivo de bloquear o fluxo do opioide Fentanil e de combater a imigração ilegal – bandeiras defendidas por Trump na sua campanha. E Trump deixou que ela mesma comunicasse que ele concordou em postergar por 30 dias a imposição das tarifas de 25%.
A ameaça da imposição de tarifas foi, em nossa leitura, nada mais do que uma ferramenta de barganha política e econômica de Trump. Uma alavancagem, como ele mesmo dizia em seu livro de 1987, no intuito de fazer com que esses países queiram ajudar nas demandas de interesse dos Estados Unidos.
As tarifas de 25% iriam afetar mais a economia mexicana do que a americana. Assim, Trump fez com que o México quisesse tal acordo de ajudar no combate da imigração ilegal e no controle do fluxo do Fentanil.
Essa é amaneira dele agir e negociar.
Resta sabermos como isso se dará com a China, União Europeia e outros países – aí incluído o Brasil.
Não acreditamos que Trump queira alguma guerra. Ele sabe que uma guerra sai caro, mesmo que seja uma guerra apenas comercial.
Trump, como empresário, quer o progresso e o desenvolvimento, primeiro dos Estados Unidos, mas também de seus parceiros de negócios.
Acreditamos que ele vai buscar melhorar a situação econômica e política dos Estados Unidos, resgatando o prestígio que o país tinha há anos.
Ele quer fazer um Governo para entrar para a história e ser lembrado como um bom Presidente.
Já está em curso um programa de redução dos funcionários federais americanos. Cerca de 1% dos funcionários públicos federais, mais de 20 mil pessoas, já se inscreveram em uma oferta para deixar seus empregos, e o número aumenta todo dia, numa expectativa que possa chegar até 10% do quadro.
Elon Musk, liderando o DOGE (Departamento de Eficiência Governamental), tem como objetivo reduzir os gastos dos EUA e espera cortar U$ 1 trilhão dos gastos do orçamento federal (que atingiram U$ 6,75 trilhões no ano fiscal recente encerrado em 30 de setembro).
Esperamos que esse exemplo de busca de eficiência seja bem sucedido e sirva de exemplo para outros países.
Aqui no Brasil, no dia 1º de fevereiro foram eleitos os novos presidentes do Senado e da Câmara. Davi Alcolumbre será o presidente do Senado nos próximos dois anos, e Hugo Motta será o presidente da Câmara dos Deputados.
Em janeiro, nossos Fundos de Ações Vokin GBV Aconcágua e Vokin GBV Aconcágua 30 +4,72% e +4,69%, e o Vokin K2 Long Biased, +6,48%, mês em que o Ibovespa valorizou +4,86%.
E nosso Fundo Multimercado Vokin Everest valorizou +0,68%, mês em que o CDI valorizou +1,01%.
Seguimos muito atentos, no dia a dia, na gestão dos nossos fundos.
Desejamos um bom mês de fevereiro para todos, com muita saúde e paz.
Obrigado por investirem junto conosco.
Abraços a todos!
Economia
O jogo mudou.
A herança econômica para o atual Governo americano não é ruim. O PIB encerrou o ano com expansão de 2,3% em um cenário de elevado consumo das famílias que cresceu 18 trimestres consecutivos e empurrou a atividade, em especial, no setor de serviços. Além disso, o bom momento do mercado de trabalho, que já dura 37 meses com taxa de desemprego abaixo de 4%, levou a renda per capita para US$ 51,8 mil. É claro que há desafios à frente, com uma inflação resiliente em 2,9% e que vai demandar juros ainda elevados por um período um pouco mais longo, ao mesmo tempo que o atual orçamento (de agosto/2024 a julho/2025) projeta um déficit primário de US$ 951 bilhões. Claramente, o país está vivendo um momento de transição econômica que se assemelha mais a uma desaceleração apesar de flertar com a recessão. A diferença entre esses dois caminhos irá depender da intensidade e abrangência das políticas econômicas que compõem a agenda do novo Governo. Nesse início, três temas dominam a pauta: i) imigração; ii) comércio e tarifas; iii) ajuste fiscal. Vejamos os dados relacionados a cada um desses temas. Os EUA possuem um total de 46,7 milhões de imigrantes, sendo que se tem uma estimativa de 2,5 milhões que estariam sem documentação. Para um mercado de trabalho com 161 milhões de pessoas ocupadas, mesmo que o Governo conseguisse enviar de volta aos seus respectivos países a totalidade desses imigrantes sem documentos, o impacto no mercado de trabalho seria pequeno e localizado. Isso porque 36% desses estão na região da Flórida e outros 31% na região da Califórnia, as que mais sentiriam uma possível menor oferta de mão de obra no curto prazo. Além disso, atuam principalmente em atividades como gerência, bares, restaurantes, limpeza e manutenção e construção civil, exatamente os segmentos que podem enfrentar aumento no custo do trabalho. Portanto, apesar do impacto econômico, uma política de controle mais rígido na imigração não tem o poder de desestabilizar o mercado de trabalho como um todo. O segundo tema aumenta em relevância. Os três principais parceiros comerciais dos EUA, na ordem, são: i) Canadá; ii) México; iii) China. Apesar do déficit comercial em todos esses, o verificado com a China representa mais do que a soma dos outros dois e deve ter um foco maior de atuação. Vale destacar que metade do que os EUA importam da China são itens de consumo doméstico como celulares, TVs, computadores, eletrônicos diversos, brinquedos e um monte de quinquilharia de valor final baixo. E a imposição de tarifas aqui afetaria diretamente o preço final de venda, causando, sim, um pequeno impacto inflacionário de curto prazo, reduzindo o poder de compra na margem, mas abrindo a oportunidade de exportação por parte de outros países. Saliento que o impacto sobre esse consumo das famílias será baixo, pois o total de todos os tipos de bens consumidos, independente da origem, foi de US$ 5,5 trilhões em 2024, representando 34% do total, ao passo que outros USA$ 10,7 trilhões foram gastos com serviços. O que falta na China em termos de conteúdo tecnológico na relação comercial com os EUA, sobra para o Canadá e o México. Ambos exportam itens como veículos automotores, máquinas, equipamentos, produtos químicos e petróleo. E, por outro lado, os EUA exportam semicondutores, equipamentos eletroeletrônicos, máquinas e computadores. Dessa forma, um custo maior via tarifas prejudicaria os dois lados, concentrando-se na indústria metalmecânica. Porém, ter a economia americana como cliente é muito mais importante para o Canadá e o México do que o inverso, o que fortalece o Governo americano nas negociações. Mesmo assim, há um limite para o “endurecimento” nas conversas, sob pena de gerar perda de competitividade setorial sem que se tenha o benefício da contrapartida de novos investimentos. Veja o caso do Canadá, por exemplo, que já investiu US$ 671 bilhões nos EUA, sendo que as multinacionais canadenses geram 888 mil empregos em território americano. Esses números, para o México, ficam em apenas US$ 38 bilhões e 98 mil empregos. E, no caso da China, US$ 28 bi e 116 mil empregos. Ou seja, esses dois últimos possuem uma característica de parceria com benefícios muito maiores para a contraparte. Portanto, faz sentido negociar de forma mais enérgica com a China, até por questões geopolíticas e, no caso do México, com a possibilidade de ter benefícios relacionados à imigração. Mas, em relação ao Canadá, ainda me parece obscuro jogar de forma demasiadamente dura. Por fim, vamos ao tema fiscal. As projeções para os próximos quatro anos é de um déficit primário total de US$ 2,9 trilhões com média de 2,3% do PIB ao ano. Cerca de 60% disso são gastos mandatórios, ou seja, sem possibilidade de ajuste. Portanto, com algumas medidas mais austeras seria possível economizar perto de US$ 500 bilhões nesses quatro anos. Mas há um outro elemento. Segundo estimativas, a imposição linear de tarifas de 10% sobre todos os parceiros comerciais e mais 50% sobre a China, poderia gerar receitas de US$ 1 trilhão em 4 anos e contribuir para eliminar o déficit primário ao final da atual gestão. Esse dado pode fazer “brilhar” os olhos do Governo. Acontece que, se os demais países tiverem a imposição de tarifa como certo, então nem há negociação. Os três temas aqui abordados são apenas os primeiros a entrar em uma agenda que ainda vai mais longe e passam a mensagem que “o jogo mudou”. O Brasil precisa ter muita maturidade nesse momento e assumir uma posição de Estado, e não adotar visão de Governo, e isso pode abrir muitas oportunidades.
Estratégia Vokin GBV Aconcágua
Comentários dos Gestores
O mês de janeiro foi de alta para a bolsa brasileira, após quatro meses de queda. O cenário fiscal, que foi o tema mais relevante ao longo dos últimos meses, teve uma trégua nas notícias devido ao recesso parlamentar. Como o orçamento de 2025 não foi aprovado no ano passado, o Governo só pode gastar 1/12 por mês do que foi previsto para o ano na lei de diretrizes orçamentárias, peça que precede a votação do orçamento. Em 1º de fevereiro, os novos Presidentes da Câmara e do Senado foram eleitos: Hugo Motta e Davi Alcolumbre, sem surpresas. A partir dessa eleição, é esperada a retomada da discussão sobre o fiscal e a votação do orçamento até março. É sabido que serão necessárias modificações em relação ao projeto que o Governo mandou para o Congresso no ano passado, devido à aprovação do pacote de corte de gastos, mudança acima do previsto no salário-mínimo, entre outros. Há desconfiança dos investidores quanto ao cumprimento do déficit máximo de 0,25% do PIB (excluindo precatórios atrasados) em 2025 e, ciente do risco, o Ministro Fernando Haddad prepara modificações na previdência dos militares e nos supersalários do funcionalismo público. No entanto, o Governo não parece disposto a fazer novos cortes antes de abril.
No lado da política monetária, os juros foram elevados para 13,25%, conforme esperado, e já está contratado um novo aumento de mais 1% para a reunião do Copom de março. As desconfianças quanto risco fiscal também fizeram os juros projetados para 10 anos subirem, em alguns momentos atingindo mais de 16%. Os juros mais altos acabam atraindo capital estrangeiro para a renda fixa brasileira, o que explica em parte a retomada do fluxo de investimentos para o Brasil e a queda do dólar em janeiro. A entrada de dinheiro para a Bolsa também ajudou.
O cenário externo foi dominado pelas primeiras medidas de Donald Trump, que impôs tarifas para bens importados do México, Canadá e China. Será importante monitorarmos potenciais tarifas para o Brasil, afinal o Presidente americano falou recentemente que o Brasil está entre os países que “taxam demais” e “querem mal” os EUA. Logo após sua eleição, também havia citado nosso país como exemplo de excesso de tarifas alfandegárias e disse que poderia haver reciprocidade.
Outros fatores importantes para monitorarmos para os próximos meses são a votação do orçamento e a proposta de reforma tributária da renda, que pode vir com novos tributos para compensar uma possível isenção de imposto de renda para quem ganha até R$5mil por mês.
O Vokin GBV Aconcágua e o Vokin GBV Aconcágua 30 fecharam com resultado de 4,72% e 4,69% no mês, enquanto o Ibovespa fechou com 4,86%.
Recentemente, estamos animados com os resultados da Blau, que tem apresentado crescimento acima do mercado e melhora da rentabilidade. Após um ano de 2023 marcado por queda nas vendas para o segmento público, aumento dos custos em função de uma alta da matéria prima no mercado internacional e uma expansão dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, que resultaram em redução do lucro operacional e diminuição do caixa, o ano de 2024 apresentou melhora significativa, com expansão real de 24% na receita, 44% no EBITDA e geração de caixa próxima a R$203 milhões. Atualmente, a Blau apresenta apenas 12% das vendas advindas do setor público, em função do bom desempenho apresentado no segmento privado. O nível atual de vendas no setor privado posiciona a companhia como maior farmacêutica nacional no segmento hospitalar/clínico, tendo o maior portfólio de oncologia e hematologia do mercado quando consideramos o número de SKUs.
A compra do laboratório Bérgamo, realizada em 2023, e que, inicialmente, levantou dúvidas pelo baixo nível de rentabilidade da operação, tem se mostrado um acerto: além da melhora substancial de margem bruta, saindo de 2% para 17% em menos de um ano, a planta fabril da Bérgamo contribuiu para desafogar parte da produção da Blau em medicamentos liofilizados. A companhia sinaliza que ainda há melhoras de margem bruta e otimização tributária a serem capturadas na Bérgamo no futuro próximo.
Além da baixa alavancagem financeira da empresa, o portfólio de medicamentos está cada vez mais pulverizado em um número crescente de moléculas, fruto do investimento constante em pesquisa e desenvolvimento, o que torna a companhia cada vez menos exposta a oscilações em medicamentos específicos e mais exposta a tendência geral de crescimento do setor farmacêutico nacional.
Vokin K2 Long Biased FIA
Comentários dos Gestores
A Brava anunciou que obteve a autorização definitiva da ANP para os sistemas de medição do campo de Papa-Terra no dia 26 de janeiro de 2025. A operação do ativo ficou paralisada entre o início do dia 25 e o início do dia 26 de janeiro, mas foi liberada para operação após o atendimento de exigências da ANP, não havendo mais nenhuma pendência ou exigência remanescente. Ainda, a companhia informou que concluiu a intervenção para substituição da bomba centrífuga submersa do poço PPT-51, permitindo dar início ao processo de otimização da produção no campo de Papa-Terra. Em outro comunicado, a Brava comunicou que o conselho de administração da companhia deliberou sobre os proponentes habilitados para a continuidade do processo de possível venda de ativos onshore e de águas rasas da companhia. Os proponentes receberão carta-convite com instruções sobre o processo, incluindo orientações para a realização de due dilligence e posterior envio de propostas vinculantes.
O Banrisul encerrou voluntariamente as atividades da agência da empresa no exterior, sediada nas Ilhas Cayman. A medida está aderente com a otimização da estrutura administrativa do banco, visando obtenção de maiores ganhos na eficiência operacional e readequação de processos internos. Ainda, a companhia comunicou que suas ações ingressaram na 16ª carteira do Índice Carbono Eficiente, da B3. É a primeira participação da companhia no ICO2, um índice composto por ações das companhias que adotam práticas transparentes e ações com objetivo de aferir, divulgar e monitorar suas emissões de gases de efeito estufa.
A Iochpe anunciou a 15ª emissão de, inicialmente, 500 mil debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, no valor nominal de R$ 1 mil. A data de emissão será em 5 de fevereiro de 2025, perfazendo o montante total de R$ 500 milhões, com a possibilidade de a quantidade de debêntures inicialmente ofertada ser acrescida em até 40%, totalizando até 200 mil debêntures adicionais, no valor de até R$ 200 milhões. O prazo de vencimento das debêntures será de 5 anos contados da data de emissão e os recursos obtidos serão integralmente destinados para o resgate antecipado total da 12ª emissão de debêntures simples da companhia. Ainda, a companhia anunciou que suas ações passaram a integrar a carteira do Índice de Carbono Eficiente da B3, reafirmando o posicionamento da companhia com as melhores prática ambientais, sociais e de governança.
A Alpargatas realizou um resgate antecipado facultativo total da primeira série da segunda emissão de debêntures, com o pagamento antecipado sendo realizado dia 30 de janeiro de 2025. O resgate facultativo total foi de 550 mil debêntures, havendo o cancelamento de tais valores mobiliários e desembolso total de aproximadamente R$ 566 milhões.
A Pague Menos ajustou os valores dos juros sobre capital próprio por ação, em função da alteração na quantidade de ações em tesouraria da companhia. Os valores de JCP líquidos passam a ser de R$ 0,21, uma redução de 0,5% em relação ao valor original, não havendo alteração no valor total do JCP a ser distribuído.
A Sabesp anunciou a realização da 33ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, de espécie quirografária, em 3 séries, para distribuição pública, no montante total de R$ 3,7 bilhões.
A Hypera anunciou que foi aprovada a 19ª emissão de debêntures da companhia não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única. Serão emitidas 530 mil debêntures, com valor nominal de R$ 1 mil, num montante total de R$ 530 milhões, com prazo de vencimento de 5 anos a partir da data de emissão, em 15 de janeiro de 2025. Os recursos obtidos serão destinados para o resgate antecipado total ou a amortização extraordinária parcial da 11ª emissão de debêntures da companhia.
Vokin Everest FIC FIM
Comentários dos Gestores
O principal destaque do mês de janeiro foi a posse para um novo mandato do Presidente Donald Trump e que, logo nos primeiros dias, divulgou medidas em linha com o anunciado em sua campanha eleitoral, como o aumento nos controles imigratórios, reversão de algumas políticas ambientais e sociais da gestão anterior, além de indicações sobre novas tarifas de importação, inicialmente focado em produtos do Canadá, México e China. Com relação aos impactos no mercado financeiro norte-americano, apesar de um aumento na volatilidade, os títulos públicos de 10 anos fecharam praticamente estáveis no mês, assim como o Índice Dólar (DXY), e os principais índices acionários encerraram o mês com desempenho positivo.
Próximo ao final do mês, o Comitê de Política Monetária (Fomc) do Banco Central dos Estados Unidos manteve inalterada a taxa básica de juros do país no intervalo entre 4,25% e 4,50% a.a. conforme o amplamente esperado pelo mercado. Porém, nos comunicados logo após o anúncio, o posicionamento foi no sentido de uma visão mais cautelosa quanto à trajetória da inflação e reduzindo a probabilidade de um eventual corte na próxima reunião, em março, ainda que haja expectativa pelo mercado de um ciclo de cortes de 0,50 p.p. neste ano. O país segue com mercado de trabalho aquecido e será importante acompanhar como se darão os desdobramentos dos primeiros anúncios de imposição de tarifas internacionais pelo presidente Trump, assim como seus impactos na inflação.
No mesmo dia, o Banco Central do Brasil anunciou elevação da taxa Selic em 100 p.p., agora no patamar de 13,25% a.a., e mantendo a sinalização de elevação na mesma magnitude para a próxima reunião. O comunicado ressaltou sobre sinais de enfraquecimento da economia doméstica e deixou em aberto a trajetória da taxa a partir da reunião de maio. As expectativas indicam uma desaceleração do PIB para 2,06% em 2025, ante uma estimativa de 3,49% para 2024; inflação de 5,51% no acumulado do ano, novamente acima do teto da meta (4,50%); e taxa Selic encerrando em 15,00%. Após uma sequência negativa, o mercado financeiro local encerrou janeiro com uma perspectiva mais favorável, com valorização de 4,86% do Ibovespa, queda de 5,45% do dólar frente ao real e fechamento na curva de juro real, representando alta de 1,07% para o índice IMA-B. No âmbito político local, apesar do recesso parlamentar, o ano iniciou agitado com rumores de trocas Ministros e avaliação de medidas para tentar reduzir a inflação de alimentos, isso em meio à queda nas pesquisas de aprovação do Presidente Lula.
O fundo Everest encerrou o mês com rentabilidade de +0,68%, ante +1,01% do CDI, acumulando, em 12 meses, alta de +7,27% ante +10,93% do CDI. As maiores contribuições positivas vieram dos fundos com mais exposição em renda variável no Brasil, sendo que boa parte dos multimercados encerrou com desempenho abaixo do CDI com perdas, principalmente, nos mercados de juros e câmbio. Destaques positivos no mês para os fundos de ações long biased SPX Falcon (+5,56%) e IP Value Hedge (+4,59%), assim como do fundo de ações long only GBV Aconcágua (+4,69%). Os piores desempenhos foram dos multimercados macro Kapitalo Zeta (-1,21%), SPX Nimitz (-0,61%) e Itaú Optimus (-0,28%).
No mês de janeiro foram feitas duas alterações na carteira: o resgate total do fundo Clave Alpha Macro em função de seu desempenho relativo aos pares e uma nova alocação em títulos públicos pré-fixados de curto prazo (LTN 2026).
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