Carta 211Agosto 2022
Comentário do gestor
Prezados Coinvestidores,
Em agosto, os Fundos de Ações VOKIN GBV Aconcágua e VOKIN K2 tiveram valorizações de +5,53% e +11,10% e acumulam valorizações de +2,75% e +7,86% no ano, respectivamente. O Ibovespa, benchmark dos fundos de ações, está com valorização de +4,48% no ano.
O Fundo VOKIN K2 – que chegou estar 10 pontos percentuais atrás do Ibovespa neste ano devido à alta das commodities depois do início da guerra da Ucrânia – já ultrapassou o Ibovespa. O Fundo VOKIN GBV Aconcágua já diminuiu bem a diferença.
Nosso Fundo Multimercado VOKIN Everest teve valorização de +1,88% neste mês e acumula valorização de +10,23% no ano. O CDI, seu benchmark, está com valorização de +7,74% no ano.
O Fundo VOKIN Everest está, portanto, com 132% do resultado do CDI no ano.
Em agosto, o Banco Central do Brasil aumentou a taxa básica de juros para 13,75% ao ano – o maior patamar desde 2016.
Acreditamos que esta foi a última alta deste ciclo e que, no primeiro semestre de 2023, os juros já possam começar a cair, dado que inflação já está em queda no Brasil, com expectativa de terminar o ano abaixo dos 7%.
Essa rápida e forte alta na taxa de juros brasileira fez muitos investidores locais, pessoas físicas e investidores institucionais, retirarem parte de seus recursos de investimentos em Bolsa para alocarem em renda fixa.
Para termos uma ideia melhor da magnitude deste movimento, somente neste ano já foram resgatados R$ 54,2 bilhões de fundos de ações e R$76,4 bilhões de fundos multimercados brasileiros, segundo dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Felizmente, e provavelmente porque nossos resultados foram melhores do que a média, nossos fundos têm captação líquida, e não resgates, neste ano.
Mas, então, quem está comprando Bolsa neste ano? Quem está comprando ações das empresas brasileiras neste momento de juros altos no Brasil?
Principalmente os investidores estrangeiros.
Até o dia 30 de agosto, o saldo de ingressos líquidos de recursos de investidores estrangeiros no mercado secundário da Bolsa brasileira era de R$ 17 bilhões no mês, somando R$ 71 bilhões no acumulado do ano – o maior valor dos últimos anos.
Por que muitos brasileiros estão vendendo? Porque os juros aqui subiram.
Por que estrangeiros estão comprando? Porque as empresas brasileiras estão baratas e, também, porque o cenário externo está conturbado pela guerra entre Rússia e Ucrânia; pela maior inflação global dos últimos 40 anos; com desaceleração na economia chinesa e bancos centrais americano e europeu ainda tendo que elevar mais os juros para conter a inflação.
O Brasil, neste cenário, passou a ser uma boa alternativa de investimento para muitos investidores, especialmente porque temos boas empresas de classe mundial que estão baratas para serem compradas.
E, também, porque o Banco Central do Brasil saiu na frente e, agora, já terminou o aumento de juros. Já o Banco Central Americano “dormiu no volante e, agora, não pode piscar”, segundo o renomado economista Mohammed El-Erian.
E nós? O que temos feito neste ambiente de juros altos aqui, com muitos investidores migrando recursos da bolsa para renda fixa e muitos estrangeiros comprando Brasil?
Primeiro, nossos investimentos em ações são de longo prazo.
Como sempre fazemos questão de lembrar, nós não compramos ações, nós compramos frações de boas empresas (que é o que as ações são na verdade) quando suas ações são vendidas com desconto (margem de segurança) em relação ao seu real valor intrínseco (geração de caixa futura para os seus acionistas).
Nosso maior cuidado é comprar bem! O segredo está numa boa compra!
Depois, monitoramos os resultados operacionais das empresas ao longo do tempo para ver se estão correspondendo às nossas expectativas (que costumam ser conservadoras, justamente porque gostamos de comprar bem!).
Segundo nós, taticamente, aproveitamos as oscilações de preços destas empresas para, eventualmente, aumentar ou diminuir algumas posições.
Neste momento, por exemplo, depois de dois meses bem positivos para a Bolsa e dado que estamos num período pré-eleitoral, decidimos ter um pouco mais de caixa, mas mantendo as principais posições de maior valorização potencial na carteira.
Estamos, podemos dizer, com um otimismo cauteloso. Seguimos bem comprados mas, também, com uma pequena reserva de caixa para eventuais novas oportunidades. Desta forma iremos bem no curto prazo se a Bolsa subir, mas também estaremos mais protegidos se a Bolsa cair.
Nossa visão é de que a eleição está polarizada e deve ser definida somente em segundo turno, ou seja, dia 30/10/2022, daqui a, praticamente, dois meses.
Independentemente do resultado, estamos com uma carteira de ações de boas empresas e que irão entregar bons resultados.
Se, por um lado, temos receio com a desaceleração econômica mundial, por outro, enxergamos que a queda de juros no Brasil no próximo ano deverá trazer de volta muitos recursos para a Bolsa, já que as empresas estão baratas.
Quem já estiver comprado, como nós estamos, será beneficiado pelo retorno deste fluxo para ações.
Seguimos muito confiantes em nosso trabalho e processo de tomada de decisões, com uma equipe que nos dá muito orgulho, embora todos saibamos que devemos manter a humildade e seguir aprendendo sempre.
Acima de tudo, sempre pensamos, em primeiro lugar, em proteger os recursos à nós confiados, para depois pensar em rentabilizá-los da melhor forma possível. Essa é a nossa tarefa! Essa é a nossa missão!
Muito obrigado pela confiança! Nosso compromisso é honrá-la!
Desejamos a todos um ótimo mês de setembro, com sabedoria, saúde e paz.
Economia
O apagão europeu
Há diversos fatores que estão levando a economia mundial a uma desaceleração coordenada, mas um preocupa mais do que tudo: o choque de energia. Já presenciamos choques de preços de energia no passado – convencionados de “choque do petróleo” – e os estragos econômicos que produziram duraram anos. Mas poucas vezes tivemos uma coordenação de elementos negativos como os que estão acontecendo no momento, em especial na Europa. A região já vinha sofrendo com a alta nos custos de produção devido ao desequilíbrio entre oferta e demanda no pós-pandemia e que atingiu, em especial, a indústria. Na sequência, vieram os conflitos na Ucrânia que expuseram as fragilidades da matriz energética adotada por vários países, deixando os mesmos de joelhos frente à falta de energia e, de quebra, colocando em xeque as metas de redução de emissão de poluentes tratada na COP26. Por fim, e para complicar ainda mais, a Europa passa pela pior seca em décadas, o que está afetando fortemente a produção agrícola. Já se percebeu que somente a alta no preço da energia não será o suficiente para conter a demanda, e governos em diversas cidades passaram a adotar medidas de racionamento, limitando horas de funcionamento do comércio, cortando a iluminação de monumentos e até com desligamento de escadas rolantes em shoppings e de portas automáticas, além de diversas outras ações pontuais. Tudo isso tem como objetivo final a redução do consumo e se preparar para o inverno que está chegando e que traz consigo a maior demanda por energia, principalmente para aquecimento. E aqui reside outro grande problema. Dentre os países pertencentes ao Euro, o gás natural responde por 23,7% do consumo de energia, indo de 11%, em Portugal, até 38%, na Holanda. Vale destacar que Alemanha e Holanda são os que se encontram em situação mais delicada. Cerca de 68% das residências na Holanda possuem o gás como fonte de energia e metade disso é importado. Na Alemanha, por sua vez, 36% das indústrias usam gás natural como fonte de energia, mas o país importa 89% do que consome de gás. Porém, de forma distinta do que se verifica na França, Portugal, Espanha e Itália, na Alemanha não há usina de regaseificação, e quase todo gás vem por dutos. Com a menor quantidade enviada pelos gasodutos por parte da Russia, o país teve que recorrer a compras de LNG (gás liquefeito) ou religar as usinas a carvão. Mas isso não resolve o problema de preço, pelo contrário. O LNG custa mais caro que o gás natural e, para chegar na Alemanha, tem que primeiro desembarcar em algum país que tem capacidade de transformar esse gás liquefeito para depois enviar para a Alemanha, o que encarece muito todo o processo. E o preço do carvão não para de subir. Somente em julho foram +7,4% de alta. O problema é que estamos falando do país cujo parque industrial representa 35% do total da região do Euro e que já sente a alta dos custos. Muitas empresas já estão trabalhando em horários reduzidos e o sinal claro de que mais quedas na produção ocorrerão ainda esse ano vem do segmento de metalurgia, em que estão as usinas siderúrgicas, grandes consumidoras de energia. A produção de aço e ferro na Alemanha, por exemplo, está -6,8% abaixo de julho de 2021 e, na Itália, -20%. Logo será a vez da indústria de máquinas e equipamentos, produtos de metal, elétrico e eletrônicos e de veículos. O sentimento do empresário industrial na Alemanha já reflete esse cenário desafiador para os próximos seis meses, tanto que o indicador que mede essa expectativa está somente um pouco acima do pior momento da pandemia, em março de 2020. No início desse ano não havia dúvidas de que a economia da Europa iria desacelerar durante o ano de 2022, mas os conflitos na Ucrânia e a forte seca contribuíram para colocar em dúvida a magnitude desse processo. Os números mais recentes ainda apontam um soft landing para vários países, mas a chance de termos uma recessão forte é bem grande, ainda mais se esse conflito adentrar o próximo inverno. O apagão de gestão energética que atingiu governos que, até então, eram eficientes em cobrar ações mais enérgicas do Brasil em relação ao clima, vai custar caro para eles. Muitas oportunidades se abrem para o Brasil nesse cenário. Tomara que não tenhamos o mesmo tipo de apagão por aqui.
Vokin GBV Aconcágua FIC FIA
Comentários dos Gestores
O mês de agosto foi mais um mês de alta para a Bolsa brasileira. A despeito do cenário eleitoral ainda incerto e dos riscos fiscais que ainda pairam sobre as contas de 2023, o fluxo de investimentos estrangeiros foi forte e propiciou um resultado muito bom para as ações. Essa enxurrada de recursos ocorreu, principalmente, nos 30 dias entre 18/07 e 18/08, quando o Ibovespa subiu 17,43%, com fluxo estrangeiro positivo de R$16,4bi. A Petrobras subiu impressionantes 43,5% no mesmo período (mesmo com o petróleo brent tendo caído nesse ínterim) devido ao seu excelente resultado e dividendos. Os recursos que entraram também foram direcionados para os títulos públicos, que tiveram suas taxas de juros diminuídas nos vencimentos mais longos, e para o câmbio, com o real se apreciando. Contribuiu para a queda nos juros a ata do Copom, que sinalizou que o aumento de 0,5% na Selic ocorrido em 03/08 pode ter sido o último, e que mudou o horizonte da política monetária para o primeiro trimestre de 2024, demonstrando que a inflação pode ficar acima da meta no ano que vem e o BC está confortável com isso, não necessitando ser mais agressivo nesse momento.
Nesse mês tivemos o começo da corrida eleitoral no Brasil, com as campanhas de televisão se iniciando, as entrevistas aos candidatos no Jornal Nacional, o primeiro debate (que ocorreu na Band TV em 28/08) e os aumentos das promessas de campanha. Visando ganhar eleitores, Bolsonaro disse que dará continuidade à isenção dos impostos federais sobre combustíveis, que reajustará os salários dos funcionários públicos, que corrigirá a tabela do IR e que tornará os R$600 do Auxílio Brasil permanentes. Assim como ele, o PT também avança nas promessas, com Lula dizendo que isentará o IR para quem ganha até 5 salários-mínimos (prometendo reajustar a tabela todos os anos), que irá, também, tornar permanente os R$600 de auxílio e que criará um benefício de R$ 150 para cada criança de até seis anos. O orçamento que o governo mandou para o Congresso não contempla esses gastos adicionais, mas ambos candidatos já disseram que mudarão as regras ficais do país caso sejam eleitos. Por conta do cenário de incerteza eleitoral e da rápida subida da bolsa no período, aumentamos o caixa do fundo para 15% ao longo da segunda metade do mês.
No cenário externo, a recessão parece mais próxima nos EUA, Inglaterra e União Europeia, além da desaceleração da China. Os dados econômicos estão fracos, apesar da inflação ainda persistente, por isso os bancos centrais desses países têm feito discursos mais fortes sobre altas nos juros. Os únicos dados que permanecem bons são os de emprego nos EUA, porém Jerome Powell, presidente do Fed, alertou, no evento de Jakson Hole no final do mês, que o mercado de trabalho está forte, mas claramente desequilibrado.
No mês, o Vokin GBV Aconcágua fechou com resultado de +5,35%, enquanto o Ibovespa fechou com +6,16%.
Aproveitamos as oscilações recentes do mercado e aumentamos uma das posições que já temos há algum tempo em nosso portfólio: a Itaúsa. A empresa é uma holding criada há 45 anos, que controla o Banco Itaú, um dos principais bancos do Brasil, e principal contribuidor para a geração de resultados da holding, sendo responsável por 85% do resultado neste 2º trimestre de 2022. O Itaú, com 98 anos de história, atua em 18 países, e conta com uma carteira de crédito de R$ 1,08 trilhão, totalizando R$ 2,29 trilhões de ativos totais. O Banco vem conseguindo crescer a margem financeira gerencial, dado o mix de carteira e tesouraria adequado ao ciclo monetário, ao mesmo tempo em que outras vertentes importantes do negócio vêm apresentando bom desempenho, como receitas de prestação de serviços, direcionado principalmente pelo negócio de cartões, a Rede, que é o 2º maior player do setor de adquirência. Aliado a isso, o Itaú vem fazendo uma boa gestão nas despesas, o que culmina em um resultado sólido e retorno sobre o patrimônio líquido crescente há cinco trimestres consecutivos. Através da Itaúsa, mantemos exposição (de forma mais barata) a Itaú, que por si só já enxergamos upside. Em Itaúsa enxergamos ainda mais upside, mesmo considerando todas as despesas da holding, tornando, em nossa visão, o desconto entre o valor da holding em relação às participações maior do que o justo. Ao mesmo tempo, a empresa vem diversificando suas fontes de resultado, dadas as participações que tem em Alpargatas (bens de consumo), Dexco (antiga Duratex; construção civil), XP (financeiro, mas que vem reduzindo participação), Aegea (saneamento), Copa Energia, NTS e mais recentemente a aquisição (ainda pendente de aprovação no CADE) da CCR (ambas em infraestrutura), o que pode vir a se tornar importante fonte de resultados/ alocação de capital e geração de valor no longo prazo.
Para os próximos meses devemos ficar atentos ao cenário eleitoral, monitorando os impactos que a deflação (causada pela redução dos preços dos combustíveis) e o aumento do Auxílio Brasil terão nas pesquisas. Importante, também, será monitorar eventuais novas promessas de campanha que poderão surgir na medida que nos encaminhamos para a reta final do pleito, entendendo os impactos que poderão causar nas contas públicas e no regime fiscal para o ano que vem. A inflação no mundo e os sinais de recessão devem ser analisados para que possamos enxergar seu potencial impacto no Brasil e nas empresas que investimos.
Vokin K2 Long Biased FIA
Comentários dos Gestores
A Suzano comunicou a conclusão da compra da Caravelas Florestal, anunciada no final de junho. Com isso, a operação foi liquidada ao preço de R$ 360 milhões, sujeito a eventuais reajustes pós-fechamento. A companhia também convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), no dia 29 de setembro, para deliberar a incorporação de sociedades em que possui 100% de participação, com a transferência do capital social delas para a Suzano, das quais estão inclusas: Suzano Trading, Rio Verde, Caravelas, Vitex, Parkia, Sobrasil, Claraíba, Garacuí e Duas Marias.
A Tim informou que o prazo para o Preço de Fechamento Ajustado da compra dos ativos móveis da Oi foi prorrogado até o dia 17 de setembro. A companhia reforçou que possui o montante retido de R$ 634,3 milhões para possíveis reajustes no contrato, que serão mantidos até o novo prazo final.
A BRF comunicou o pedido de renúncia do presidente da companhia, Lorival Nogueira Luz Jr., seguido da eleição, por unanimidade, de Miguel de Souza Gularte, que ocupava o cargo de CEO na Mafrig e dela renunciou na mesma data. A BRF complementa que o movimento não sinaliza, no presente momento, a intenção de combinar as atividades das duas companhias.
A 3R anunciou a conclusão da compra dos polos Fazenda Belém (100%) e Peroá (70%), nos respectivos valores de US$ 35,2 milhões e US$ 55 milhões, cujas reservas 2P foram certificadas em 12,6 e 23,9 milhões de barris de óleo equivalente. Ambos pertenciam à Petrobras e já estão sendo operados pela 3R. Para financiar as aquisições, a companhia anunciou a emissão de debêntures em até R$ 600 milhões e a captação de empréstimos bancários no valor de US$ 500 milhões.
O Banrisul divulgou revisões no Guidance para o ano de 2022. As alterações ocorreram nos seguintes indicadores:
(i) Carteira de Crédito PJ, com crescimento revisado de 33% a 38% para 28% a 33%;
(ii) Carteira de Crédito Rural, com acréscimo de 10 p.p nas bandas inferiores e superiores, indicando 45% a 50% de crescimento;
(iii) Margem Financeira, estimada entre 1% e 5%, queda de 3,5 p.p diante das projeções anteriores;
(iv) Despesas de Provisão, revisadas para 1,5% a 2,5%, redução de 0,5 p.p. O crescimento total da carteira de crédito, contudo, manteve-se inalterado, de 24% a 29%. O Banco também anunciou o cancelamento do registro de sua subsidiária Banrisul Cartões como companhia aberta, além de alterar sua razão social e nome fantasia, que passará a “Banrisul Pagamentos”. Quanto ao programa de Desligamento Voluntário em desenvolvimento, o Banrisul comunicou que serão contemplados até 824 funcionários, o equivalente a 9,2% do total de colaboradores.
O GPA anunciou que está realizando estudos preliminares para a cisão do Grupo Éxito, sua subsidiária com forte atuação em varejo alimentar na América Latina. O Pão de Açúcar reforçou que está sempre avaliando projetos estratégicos que possam destravar valor aos seus acionistas, além de que uma eventual transação dependerá da conclusão dos estudos e aprovações necessárias. A companhia também comunicou um contrato com o BTG Pactual para a função de formador de mercado, com duração de 12 meses e prorrogável, visando fomentar as ações da companhia.
A Via celebrou um novo Instrumento Particular de Transferência de Créditos Tributários de ICMS no valor de R$ 300 milhões. Apenas no exercício de 2022, a companhia já conseguiu monetizar R$ 800 milhões com a venda de créditos fiscais, que irão impactar positivamente no fluxo de caixa ao decorrer dos próximos 18 meses.
A Tecnisa anunciou o lançamento do empreendimento Astral Saúde, localizado na cidade de São Paulo. O projeto totalizará o Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 107 milhões, com participação 100% da Tecnisa, sendo composto por 91 unidades residenciais de 69 a 95 m², 39 studios e 1 loja.
Vokin Everest FIC FIM
Comentários dos Gestores
O mês de agosto iniciou de forma positiva para os mercados globais, seguindo a dinâmica favorável observada em julho. Porém, a alta foi revertida em meados do mês e se acentuou após um discurso mais contundente do presidente do Banco Central dos Estados Unidos, Jerome Powell, reafirmando a necessidade de elevação nos juros do país para conter a alta da inflação, mesmo que isso represente maior retração da economia e consequente aumento do desemprego. As bolsas passaram a cair e o rendimento dos títulos do governo voltou a apresentar alta após dois meses seguidos de queda, com os títulos de 10 anos voltando a superar o patamar de 3,00%. O mesmo tom do discurso de Powell foi seguido por membros de bancos centrais de outros países desenvolvidos.
Vale destacar, também, que ressurgiram preocupações relacionadas ao crescimento econômico na Europa, em um ambiente em que a seca e a disparada nos preços das principais fontes energéticas da região poderão trazer problemas relevantes para alguns países com a proximidade do início do período mais frio. Já na China, a continuidade dos problemas relacionados ao setor de construção civil e a manutenção da política de “covid zero”, ainda proporcionando lockdowns em algumas cidades, tem impedido o país de apresentar uma retomada mais consistente. Como pode-se perceber, o cenário global tem se apresentado desafiador em função das perspectivas de desempenho econômico das três principais regiões: Estados Unidos, Europa e China.
No Brasil, logo no início do mês, houve anúncio do 12º aumento consecutivo da taxa Selic pelo Banco Central, agora em 13,75% ao ano, voltando ao patamar de novembro de 2016. No comunicado, o comitê avalia uma possível reversão nos preços da commodities que pode aliviar a inflação, porém também ressalta preocupação com as regras fiscais, tendo sinalizado a possibilidade de um último ajuste na próxima reunião. A continuidade de dados favoráveis de atividade econômica, a sinalização de final do ciclo de alta de juros e um ambiente eleitoral com dois candidatos à presidente já amplamente conhecidos, têm colocado o Brasil em destaque relativo quando comparado aos demais emergentes, proporcionando uma janela positiva para os ativos domésticos e com retomada no fluxo de investimento de estrangeiro. O Ibovespa encerrou o mês com mais um desempenho positivo, alta +6,16%, o dólar praticamente estável frente ao real (+0,19%) e tivemos fechamento da curva de juros reais (representando alta de +1,10% no IMA-B).
O Everest encerrou o mês com resultado bastante positivo, alta de 1,88%, ante 1,17% do CDI, e acumulando alta de 10,23% no ano, contra 7,74% do CDI, equivalente a 132% do CDI no ano. Os destaques positivos novamente foram dos fundos com maior exposição em renda variável local, porém as demais estratégias também apresentaram um bom desempenho, principalmente em função da abertura nas curvas de juros. Os destaques no mês foram o fundo de ações com perfil long biased SPX Falcon (+9,59% no mês), o fundo de posições relativas em ações Ibiúna STLS (+6,59%) e o fundo de ações GBV Aconcágua (+5,53%). Os piores desempenhos ficaram por conta de três fundos quantitativos: Kadima High Vol (-1,39%), Clave Cortex (-0,91%) e Giant Sigma (-0,46%). Em agosto, foram efetuados dois ajustes na carteira, com o resgate total do fundo quantitativo Pandhora Essencial e aumento marginal no também quantitativo Clave Cortex.
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