Carta 197Junho 2021
Comentário do gestor
Prezados Coinvestidores,
Bruce Greenwald é professor na Columbia University, em Nova Iorque, e conselheiro na First Eagle Investment Management. Foi autor do livro Value Investing: From Graham to Buffett and Beyond. Tivemos a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente em um dos Encontro Anuais da Berkshire Hathaway, em Omaha, Nebraska, meio oeste americano. Ele é reconhecido como uma autoridade em Value Investing.
Para quem realmente consegue entender e ver as ações como um interesse real em um negócio e procura, através de profundas análises, investir em bons negócios ao longo do tempo, comprando ações a preços atrativos, não há dias ruins no mercado.
Quando o mercado está em baixa, é realmente adorável comprar ações a preços baixos. Quando o mercado está em alta e os preços das ações subiram muito, o melhor é vender um pouco e aguardar novas oportunidades de comprar bem. O segredo, sempre, é comprar bem!
O maior risco que há no mercado não são as oscilações dos preços das ações, embora a maneira matemática de medir risco seja pela oscilação dos preços. O maior risco, em nosso entendimento, é pagar caro por uma ação, ou pagar mais do que ela realmente vale.
Como é difícil para muita gente entender que uma ação é algo tangível, em 1997, em sua Carta Anual aos acionistas da Berkshire Hathaway, Warren Buffett comparou ações com hamburgers e carros. Ele comparou da seguinte forma, muito didática em nosso entendimento:
“Se você planeja comer hamburgers por toda sua vida e você não é um criador de gado, você deveria desejar que o preço da carne subisse ou caísse? Da mesma forma, se você vai comprar um carro de tempos em tempos, mas você não fabrica carros, você preferiria que os preços dos carros fossem mais altos ou mais baixos? As respostas aqui são claras que preços mais baixos são melhores para os consumidores desses produtos. Da mesma forma, preços baixos de ações são bons para “consumidores” de ações.”
“Agora, um teste final: Se você espera ser um poupador nos próximos cinco anos, você deveria esperar por preços mais altos ou mais baixos no mercado de ações nesse período? Muitos investidores entendem isso errado. Embora venham a ser compradores líquidos de ações por muitos anos, eles ficam exultantes quando os preços das ações sobem e deprimidos quando caem. Na verdade, eles se alegram porque os preços dos “hamburguers” subiram.”
Preços em alta não são bons para quem está prestes a investir. São bons para quem já investiu e, mesmo assim, só para os que planejam vender em um futuro próximo.
Nós sempre procuramos comprar bem nossas ações, com uma boa margem de segurança e só após analisarmos no detalhe cada empresa e o valor real de cada ação. Fazemos isso pelo método do fluxo de caixa descontado, com o qual buscamos entender toda a dinâmica da empresa e as premissas do retorno do capital investido para seus acionistas ao longo do tempo. Muitas vezes, compramos empresas que não estão na moda ou que estão passando por um período difícil, que oportunizam preços atrativos de negócios que no longo prazo irão performar bem.
E, também, quando os preços sobem, procuramos vender se os preços atingem o valor que consideramos justo.
Como gestores e coinvestidores dos fundos da Vokin, nosso trabalho constante é o de análise e busca pelas melhores escolhas, pelas melhores opções de investimentos em cada momento. Buscamos, para tanto, tentar entender bem as empresas, seus negócios e o real valor de suas ações. E buscamos fazer isso melhor do que os demais participantes do mercado.
Há uma frase que gostamos que diz: “O mercado de capitais é uma grande distração para quem está no negócio de investimentos.” Temos que cuidar, portanto, para que as oscilações diárias nos preços das ações do mercado não nos atrapalhem. Afinal, nosso negócio não é acompanhar as oscilações dos preços das ações mas, sim, acompanhar as empresas em que estamos investindo e seus negócios operacionais.
Para reforçar essa ideia de que não há dias ruins no mercado, Buffett, em sua carta, conclui dizendo:
“Então sorria ao ler uma manchete que diz “Investidores perdem com a queda do mercado”. Edite-o em sua mente para “Desinvestidores perdem quando o mercado cai – mas os investidores ganham”. Embora os escritores muitas vezes esqueçam, existe um comprador para cada vendedor e o que prejudica um necessariamente ajuda o outro.”
Fechamos o mês de junho com altas de 3,57% e 3,60% em nossos fundos GBV Aconcágua e K2, quando o Ibovespa fechou com alta de 0,46%. Nesses seis primeiros meses de 2021, estamos com altas de 22,47% e 23,67%, respectivamente, período em que o Ibovespa tem alta de 6,54%. Desde o início de 2016, quando ajustamos nosso processo de tomada de decisões, nossos fundos têm alta de 468% e 432%, período em que o Ibovespa tem alta de 189%. Temos, graças ao trabalho de toda equipe da Vokin, superado bem a média do mercado, mas isso não tira nossa humildade de seguir aprendendo e buscando melhorar a cada dia.
Desejamos um ótimo mês de julho a todos, com saúde e segurança!
Economia
Já conseguiu um emprego?
O mês de junho trouxe indicadores interessantes do mercado de trabalho ao redor do mundo. Com o avanço da vacinação e o controle da pandemia, a volta da circulação de pessoas tem como efeito direto a geração de empregos. Os dados mais recentes comprovam esse movimento, tanto em países desenvolvidos quanto nos emergentes. Na Europa, o destaque é a Alemanha que completa seis meses de queda na taxa de desemprego que já chega a 3,7% e se aproxima do patamar pré-pandemia, de 3,4%. Outro país de destaque é o Reino Unido com desemprego em 4,7%, também próximo ao nível pré-pandemia de 4%. Mas economias de relevância na região, como França (8,1%), Espanha (15,9%) e Itália (10,5%) até apresentam queda no indicador, porém em menor velocidade por conta de restrições ainda vigentes. No Japão, o desemprego se mantém estável em 3%, mas o país não experimentou um movimento de alta significativo durante a pandemia (a taxa era de apenas 2,4%). Outro gigante da Ásia, a China, com desemprego de 5%, tem um resultado que é, inclusive, menor do que o registrado no primeiro trimestre de 2020, de 5,3%. Por fim, os EUA foi o que teve maior impacto no mercado de trabalho, com o desemprego pulando de 3,5% para 14,8% em apenas 2 meses, mas também foi o que apresentou o ajuste mais forte. Com taxa em 5,9%, caminha para o patamar de fevereiro de 2020 de 3,5%. Se, de um lado, as políticas públicas implementadas com o intuito de manter os empregos surtiram efeitos desejados, de outro, sua continuidade está gerando um efeito perverso sobre a macroeconomia. Com a volta das atividades produtivas, a demanda por trabalho aumentou de forma significativa em um curto espaço de tempo e muitos segmentos encontram dificuldades em contratar. Isso ocorre porque, em muitos países, ainda vigoram as ações de transferência de renda para as famílias, que preferem receber menos, em valores brutos, mas ter tempo e liberdade de fazer os famosos “bicos” para complementar a renda final. O cenário para o Brasil não é diferente do que visualizamos no mundo e que pode ser comprovado pelas duas fontes de pesquisa de dados utilizadas para monitorar esses indicadores. A primeira, coordenada pelo Ministério do Trabalho, apresenta a evolução das contratações e demissões apenas com carteira assinada (Caged). A outra pesquisa, feita pelo IBGE, considera o movimento tanto do mercado formal quanto informal (PNAD). A principal diferença entre elas é que a primeira contempla o universo de trabalhadores formais, ao passo que a segunda, para essa categoria, fornece resultados de uma amostra da população, contribuindo para gerar diferenças estatísticas no curto prazo. Dessa forma, faz mais sentido analisar os movimentos do mercado formal pelo Caged e do mercado informal pela PNAD. Entre janeiro e maio o saldo, de contratações com carteira assinada chegou a 1,23 milhão, um recorde que pode, facilmente, ultrapassar os 2 milhões até o final do ano e contribuir, por tabela, para aliviar o déficit do INSS. Dois setores puxam esses bons resultados: i) serviços com 509 mil; ii) indústria com 290 mil. Mas o bom momento da economia também gera números positivos em segmentos como a construção civil, com +6,8% no ano e adicional de 156 mil ocupações e na agropecuária, com 114 mil novas contratações e +7,1%. Esse último tendo como destaque a maior atividade no campo que demanda pessoas para cuidar da criação de bovinos (+18 mil empregos), do cultivo da soja (+10 mil) e café (+21 mil) e da plantação de cana-de-açúcar (+11 mil). A perspectiva é que esses bons números no mercado formal continuem para os próximos meses explicados, fundamentalmente por: i) muitos lançamentos imobiliários feitos recentemente devem iniciar obras no segundo semestre e turbinar as contratações no segmento de “construção de edifícios” nas cidades; ii) a volta da circulação de pessoas ainda não está completa e deve avançar mais rapidamente com a vacinação no 3º trimestre. Isso pode beneficiar o único segmento do setor de serviços que tem demissões maiores que contratações no ano, que é a atividade de alojamento e alimentação. Essa, que envolve bares, restaurantes e a parte de hotelaria, apresenta potencial de adicionar mais de 300 mil ocupações se imaginarmos que deveria voltar ao patamar pré-pandemia. Diante da perspectiva apontada, a taxa de desemprego pode começar a recuar dos atuais 14,7% já em setembro, gerando demanda por bens e serviços e melhorando a arrecadação de tributos em todas as esferas. O momento é propício para seguir implementando melhorias para destravar o mercado de trabalho, eliminando regras e leis e nos aproximando do modelo usado em países desenvolvidos.
Vokin GBV Aconcágua
Comentários dos Gestores
Em junho, o Vokin GBV Aconcágua fechou com resultado de +3,57%, enquanto o Ibovespa fechou com +0,46%.
Nesse mês, a Bolsa atingiu novos recordes com dados econômicos como PIB, arrecadação do governo e contratações formais acima do esperado, chegando a superar os 130 mil pontos. No entanto, foi impactada ao longo do mês por dois eventos principais: o tom mais duro do BC sobre a inflação, que está em alta, dando perspectiva de maior aumento de juros; e a reforma tributária proposta pelo governo, que aumentaria a carga tributária total para os acionistas das empresas de capital aberto.
Sobre o primeiro ponto, a própria retomada econômica vem ocasionando inflação, porém o aumento dos preços das commodities, em virtude da reabertura global, e a crise hídrica no Brasil, que levou a um aumento importante da conta de luz em julho – e poderá levar a outro aumento em agosto – contribuem para um cenário de juros maiores para o fim deste ano e para o ano que vem. Outro fator que pode contribuir para o aumento dos juros do Brasil é o cenário para os EUA e, nesse sentido, há desconfiança de que o Fed (BC americano) possa começar a reduzir os estímulos à economia daquele país e subir os juros mais cedo do que se esperava, já a partir do ano que vem.
Sobre a reforma tributária, estamos tendo especial atenção ao seu desenrolar no Congresso, pois as mudanças propostas afetam de maneira distinta cada uma das empresas que analisamos e temos que medir seus impactos para definir o valor justo de cada negócio. O término dos juros sobre capital próprio e a redução da alíquota de IRPJ poderão prejudicar empresas que possuem capital social alto e se utilizavam desse benefício. A taxação sobre dividendos poderá levar muitas empresas a reduzirem o pagamento desse provento, aumentando as recompras de ações, os investimentos para crescer e movimentos de fusões e aquisições, o que pode mudar as perspectivas para cada negócio. Acompanhar a evolução dessas discussões e medir os impactos nas empresas serão grandes desafios para nossa equipe nos próximos meses.
Seguiremos atentos na busca de empresas descontadas, fazendo cálculos diligentes sobre o valor de cada negócio, afinal isso é que tem trazido resultados consistentes, acima do benchmark, para o fundo nos últimos anos. Com essa cabeça, nos meses recentes montamos uma posição nova, a Itaúsa.
A Itaúsa é uma holding criada há 45 anos que, atualmente, controla o Banco Itaú, a Duratex e a Alpargatas. O Itaú é um dos bancos brasileiros mais tradicionais, com atuação em 18 países e R$ 2,12 trilhões em ativos; a Duratex é dona das marcas Deca, Durafloor e Portinari e conta com 19 fábricas e faturamento de R$ 5,8 bilhões em 2020; e a Alpargatas é dona da marca Havaianas. Além disso, possui investimentos na Copagaz e na Nova Transportadora do Sudeste (NTS), que responde por 50% do gás natural consumido no Brasil. Chamada também de “Berkshire brasileira”, a Itaúsa vem diversificando seu portfólio de investimentos ao longo dos anos, tendo recentemente entrado na área de saneamento, através de uma participação na Aegea Saneamento, que está presente em 49 cidades do Brasil; e deterá aproximadamente 15% do capital da XP Investimentos quando concluída a reorganização societária entre Itaú e XP. Montamos posição com o intuito de “comprar Itaú com desconto”, dado que a soma do valor de mercado justo das companhias, estimado internamente (incluindo o Itaú, principal investimento da Itaúsa), era, com boa margem, maior do que a capitalização de mercado da Itaúsa, já considerando as despesas próprias da holding. Além disso, o desconto atual entre o valor de mercado de Itaúsa e a soma das partes das empresas que a compõe é maior do que a média histórica (26% x 22% historicamente), fornecendo uma margem de segurança adicional ao investimento.
A retomada da economia, com a aceleração da vacinação, o segundo auxílio emergencial e os dados positivos de diversos indicadores de atividade são aspectos positivos para a segunda metade do ano, mas ficaremos atentos aos dois aspectos que comentamos no início da carta, e aos impactos políticos relacionados à CPI da covid, com suspeitas de pagamento de propina para compra de algumas vacinas e que podem gerar impacto nas perspectivas das eleições do ano que vem. Imaginamos que as eleições devem passar a ser incorporadas na conta a partir desse segundo semestre de 2021.
Vokin K2 Long Biased FIA
Comentários dos Gestores
A Tim emitiu debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, no montante de R$ 1,6 bilhões, com vencimento em 2028, ao custo de IPCA +4,17% a.a, podendo ter uma redução de até 0,25% a.a, caso venha a atingir algumas metas ESG estabelecidas. A companhia também firmou contrato de Swap ao custo de CDI + 0,95% ao ano, com finalidade de hedge.
A Ser Educacional celebrou, junto à IFC (International Finance Corporation), financiamento de R$ 200 milhões, com prazo total de 7 anos, a ser pago a partir de 2023, ao custo de CDI + 2,55%. Os recursos objetivam fortalecer a estratégia de crescimento, transformação digital e capital de giro da Companhia. Ao final do 1T21, a dívida bruta da Ser era de R$ 706 milhões, contando aquisições, com um índice dívida líquida/EBITDA de -0,4 (caixa líquido de R$ 117 milhões).
A SLC Agrícola comunicou que foram obtidas todas as aprovações societárias dos acionistas para a implementação da combinação de negócios com a Terra Santa Agrícola no qual a SLC incorporará as ações da Terra Santa. A consumação do negócio está vinculada ao término do prazo de trinta dias para o exercício de retirada pelos acionistas dissidentes da Terra Santa (22 de julho), e, também, dos acionistas da SLC que não votaram favoravelmente à incorporação. Além disso, a transação depende da conclusão da reorganização societária da Terra Santa, incluindo a concessão do registro de Companhia Aberta (TS Agro S.A), e do término do prazo de 60 dias para oposição de credores relativo à redução de capital da Terra Santa.
A Oi captou R$ 2,0 bilhões em debêntures não conversíveis em ações, com garantia real e adicional fidejussória, a serem prestadas pela Oi Móvel e pela Companhia, com vencimento em 16 meses, ao custo de CDI + 8% a.a com objetivo de financiar as atividades operacionais/despesas gerais e administrativas da Oi e suas controladas, até a data da liquidação financeira da alienação da UPI – Ativos Móveis.
A Jereissati, holding dos shoppings Iguatemi, deu início ao processo de reorganização societária para incorporar a totalidade das ações do Iguatemi, objetivando simplificar a estrutura societárias das Companhias, no qual os acionistas de Iguatemi receberão em substituição às ações possuídas novas ações de emissão da Jereissati. A proposta inicial prevê a substituição das ações considerando um prêmio de 10% sobre a média ponderada do valor de mercado das ações nos 30 pregões anteriores à emissão do fato relevante (07/06).
O Banrisul encerrou a agência que mantinha em Miami, uma das duas agências que mantém no exterior, visando otimizar a estrutura administrativa do Banco. Entre o 4T2020 e 1T2021 encerrou 5 agências, finalizando o trimestre com 502 agências ativas, sendo 479 no Estado. O Banco também recebeu comunicado declarando aquisição de participação acionária relevante da LSV Asset Management.
A Tecnisa informou que foi aprovado pela Câmara Municipal e sancionado pelo Prefeito da cidade de São Paulo o Projeto de Lei Municipal 397/18, o qual propõe alterações às diretrizes gerais da Operação Urbana Consorciada Água Branca, compreendendo o bairro planejado Jardim das Perdizes, projeto no qual a Empresa tem participação, com parte Tecnisa no VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 2,8 bilhões.
Vokin Everest FIC FIM
Comentários dos Gestores
O contexto global de elevada liquidez em função dos impulsos fiscais e monetários segue trazendo um movimento otimista para os ativos de risco, cenário que tem gerado pressões de alta em commodities, inflação de produtos e precificações bastante otimistas em diversos ativos financeiros. O Banco Central dos Estados Unidos segue ditando os rumos dessa liquidez abundante, apesar de estar sinalizando um possível início de ciclo de alta nos juros em 2022, porém com medidas alternativas de restrições monetárias podendo iniciar já no final deste ano. Com relação à pandemia do coronavírus, alguns países desenvolvidos iniciaram restrições pontuais em função de preocupações com o aumento de casos originados pela nova variante Delta, ainda que os dados de internações hospitalares e casos graves sigam melhorando.
No Brasil, os indicadores seguem bastante favoráveis com relação à retomada da atividade, que deverá ganhar maior tração no segundo semestre. O principal ponto de atenção permanece a pressão inflacionária, cuja expectativa tem se deteriorado e levou o Banco Central a implementar um novo aumento na taxa Selic, passando agora para 4,25% ao ano. Ainda que o aumento tenha sido em linha com o esperado pelo mercado, a mensagem do Comitê de Política Monetária indica a possibilidade de um aumento em maior magnitude na próxima reunião, e a expectativa é que a taxa deva encerrar o ano em pelo menos 6,50%. A bolsa fechou mês com leve alta (Ibovespa com +0,46%), nova desvalorização do dólar frente ao real (-4,76%) e fechamento das taxas de juros reais (levando à alta de +0,42% no IMA-B).
O Everest encerrou o mês com desempenho positivo, alta de +0,49% ante +0,30% do CDI, acumulando alta de +3,55% no ano, contra +1,28% do CDI, equivalente a 280% do CDI no ano. Novamente, os fundos com maior exposição em renda variável no país foram os de melhor desempenho, como o fundo do perfil long & short Ibiúna STLS (+3,78% no mês) o long only GBV Aconcágua (+3,57%) e o long biased SPX Falcon (+2,16%). Entre os destaques negativos, os piores resultados vieram de estratégias diversas, como o quantitativo Pandhora Essencial (-2,36%), o multimercado macro Gauss (-1,44%) e o fundo de arbitragem de ações NW3 (-0,76%).
Em junho foi feito um aumento marginal da posição direcional em juros reais (NTN-B 2035), posição que, agora, representa aproximadamente 3,0% do patrimônio do Everest. Além disso, dado o atual cenário e por estarmos com um dos menores níveis de caixa em pelo menos oito anos, optamos por programar uma redução no risco ao longo do terceiro trimestre. Para isso, diminuímos a exposição em dez fundos alocados nos perfis Multimercado Macro, Crédito, Ações Long Bias e Ações Long Only, sendo que, como os fundos possuem variados prazos de liquidação dos resgates, esse aumento de liquidez irá ocorrer de forma gradual nos próximos noventa dias. Os principais critérios utilizados na seleção dos fundos para resgate foram o tamanho da exposição do fundo no Everest, a volatilidade e a correlação com o Ibovespa, além de termos encerrado a posição na estratégia de Crédito, que já tinha uma participação pequena da carteira.
Seguimos com uma perspectiva favorável para o segundo semestre, ainda que parte dessa expectativa já venha sendo precificada pelos mercados, sem falar na permanente instabilidade política no país, que tem atrapalhado a continuidade de qualquer pauta de reformas. Conforme mencionado no parágrafo anterior, optamos por reduzir um pouco a exposição de risco do Everest dado que o fundo vinha bastante alocado e acreditamos que os ajustes efetuados irão contribuir para uma melhor diversificação nos resultados.
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