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Carta 195Abril 2021

Comentário do gestor

Prezados Coinvestidores,

Conhecer a diferença que existe entre preço e valor é fundamental quando se fala em value investing, ou investimento em valor.

O preço de uma ação é fácil de se saber! Nada mais é do que a cotação momentânea de cada ação no mercado acionário!

O preço das ações é disponível facilmente a todos, seja por uma plataforma de investimento, por um home homebroker ou mesmo por um telefone celular. Basta alguém querer consultar o preço de uma ação e a informação estará disponível imediatamente, em tempo real. 

Há alguns anos, isso era um pouco mais difícil. Os preços das ações eram informados nos jornais impressos diariamente mas, se alguém também quisesse saber a cotação de uma ação em tempo real, bastava ligar para uma corretora que a informação também estava disponível. Hoje é uma informação que circula muito mais facilmente.

Os preços, ou cotações, oscilam a todo momento, dia a dia, enquanto os mercados estão abertos. E, muitas vezes, essas oscilações são grandes e em curtos espaços de tempo, levando alguns investidores a ficarem apreensivos quando os preços caem e eufóricos quando os preços sobem. 

John Pierpont Morgan, banqueiro de Nova Iorque e fundador do Banco JP Morgan, quando perguntado sobre suas perspectivas para o mercado acionário, sempre respondia: “Ele oscilará!” 

Era uma resposta curta, objetiva e precisa! 

O que todos conhecem, portanto, são os preços das ações – e que os preços oscilam a todo momento. 

O que nem todos percebem, entretanto, é que na grande maioria das vezes as oscilações dos preços nada tem a ver com o resultado operacional das empresas, ou seja, com seu real valor.  

Em resumo, como disse acertadamente Philip Fisher: “O mercado está cheio de indivíduos que sabem o preço de tudo”

Mas e quanto ao “valor”? 

Por que Philip Fisher, um dos maiores investidores profissionais de todos os tempos, disse que “o mercado está cheio de indivíduos que não sabem o valor de nada”?

Porque para se saber o valor intrínseco (real) de um ação, que é uma fração de uma empresa (um negócio operacional e em constante transformação) é preciso uma análise profunda e detalhada de todos os aspectos econômicos, financeiros, legais, mercadológicos, concorrenciais, de governança, etc., de uma empresa.

E essa análise profunda e detalhada não é algo fácil ou simples de se fazer!

Mesmo para analistas profissionais, contadores e homens de negócio, uma análise detalhada de um negócio é uma ciência que exige muito esforço, transpiração, muitas horas de estudo e de cálculos – e isto só é feito por uma pequena minoria dos indivíduos que participam do mercado de ações.   

Como exemplo, podemos mencionar que, mesmo com uma equipe de analistas e gestores habituados com negócios, economia, contabilidade e finanças, na Vokin nós trabalhamos muitas vezes por meses em análises qualitativas e quantitativas antes de saber, ou melhor, de chegar mais perto de saber, o valor de uma empresa e suas ações.

Esse processo de análise culmina com um Valuation, ou Avaliação, através do método chamado de Discounted Cash Flow, ou Fluxo de Caixa Descontado de cada empresa. 

É através desse cálculo, da estimativa dos resultados futuros da empresa para os seus acionistas (considerando diversas premissas, desde macro até microeconômicas) e trazendo esses resultados estimados à valor presente, por uma taxa de desconto ajustada ao custo de capital de cada empresa, é que chegamos mais perto do valor intrínseco, ou real, da empresa e suas ações.  

Costumamos dizer que, através dessas análises, queremos saber mais do real valor das empresas analisadas do que 99% dos demais participantes do mercado. 

Somente conhecendo o real valor de uma ação é que conseguimos saber a hora certa e o preço certo, comprar bem (com margem de segurança) ou vender uma ação quando o preço ultrapassa o valor! 

O segredo é comprar bem! E dormir tranquilo com as ações bem compradas em carteira!

Warren Buffett, considerado o maior investidor de todos os tempos, também diz que preço e valor são coisas diferentes: “Preço é o que você paga, valor é o que você leva!”

Buffett diz que o mercado nem sempre é eficiente, que muitas vezes os preços são diferentes dos valores intrínsecos das ações e que ele seria um mendigo com uma caneca na mão se o mercado fosse eficiente o tempo todo. 

Quando os preços estão acima do valor, temos que ficar longe dessas ações. 

Quando os preços estão abaixo do valor, aí temos oportunidades. Sabendo que, com o passar do tempo, os preços convergirão para o real valor! 

O mercado oscilará! Os preços das ações oscilarão! E o investidor inteligente busca aproveitar – e não sofrer – com essas oscilações do mercado.   

Investir buscando conhecer o real valor das empresas antes de se comprar uma ação é, portanto, em nosso entendimento, a melhor maneira de se investir com segurança.

Agradeço a toda equipe de análise e gestão da Vokin, que todos os dias está em busca de fazer esse trabalho com diligência, seriedade e muita determinação.

Agradecemos também a confiança de todos que investem junto conosco. Queremos honrar essa confiança sempre!

Desejamos um ótimo mês de maio a todos, com saúde e segurança.

Economia

Temporário ou permanente?

O movimento de retomada econômica mundial em curso deve ocorrer com alguns desequilíbrios macroeconômicos. Isso porque boa parte dessa expansão acontecerá em um curto espaço de tempo – projetado para os próximos 12 meses e depois arrefecer – e se materializa após um período de grandes restrições de consumo e produção que contribuem para gerar dois efeitos diretos no pós pandemia: i) a demanda reprimida das famílias resultará em um consumo maior do que a média durante os meses caracterizados como de “volta à normalidade”; ii) o desarranjo na cadeia produtiva mundial impacta no preço de insumos e no tempo de entrega de produtos prejudicando, principalmente, a atividade industrial. O primeiro efeito se manifesta em praticamente todos os segmentos, com destaque para bens de consumo semi-duráveis como vestuário e produtos de beleza. Mas o setor de serviços, principalmente o lazer com a ida a restaurantes, viagens de turismo e procedimentos hospitalares, experimentarão forte alta na demanda. Os dados mostram que muitos procedimentos médicos de baixo risco deixaram de ser feitos durante a pandemia e, agora, devem lotar as clínicas. Até aqui, tudo dentro do previsto nos livros de economia para experimentos como esse do “stay-at-home”. Na verdade, o ponto de debate é se esse desarranjo entre oferta e demanda, que irá afetar preços ao produtor e também ao consumidor, tem características de temporária ou permanente. A discussão é válida, pois sua conclusão fundamenta as decisões de política monetária nos próximos meses e se apresenta de forma distinta dentre os países. Economias com mais liberdade na circulação de bens e serviços devem ter menor aumento de custos, como é o caso dos EUA, Alemanha, Japão, Reino Unido e diversos outros desenvolvidos. Infelizmente, o Brasil se encaixa dentro do grupo que deve sentir maiores altas de preços ao produtor e consumidor nesse cenário por conta da nossa estrutura de baixa concorrência e um mercado extremamente fechado, com muitos monopólios e oligopólios. Outro ponto a destacar é a diferença de comportamento nos preços que iremos presenciar entre produtos e serviços. Naturalmente, a comercialização de produtos ocorre em um ambiente de maior concorrência, o que deve limitar a alta de custos de insumos. No caso dos EUA, esse debate ocorre desde antes a aprovação, no início de março de 2021, do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão. Dentre as argumentações a favor da temporariedade dessa pressão de custos, com destaque para o principal defensor desse ponto de vista, o Banco Central Americano, salienta-se: i) a baixa base de comparação dos índices de preços que foi o período de fevereiro a abril de 2020; ii) a grande disponibilidade do fator trabalho que limita aumento de custos; iii) a concentração da alta dos preços aos produtores no item energia, aliviando os demais custos. Por outro lado, os que argumentam contra a temporariedade do atual choque citam: i) os gastos governamentais para enfrentamento da pandemia já somam quase US$ 6 trilhões desde março de 2020 (aqui já computados os US$ 1,9 trilhão do primeiro pacote da atual gestão presidencial) e devem gerar efeitos mais longos sobre a demanda; ii) o Banco Central Americano anunciou que os juros irão continuar baixos por um longo período, até que o mercado de trabalho tenha atingido uma taxa de desemprego de equilíbrio e a inflação se estabilize em 2% ao ano, e isso contribui para aumentar a liquidez no sistema financeiro impulsionando o consumo; iii) o FED fez compras maciças de títulos no mercado, o que deve contribuir para incentivar o crédito e o investimento. De fato, em 18 de março de 2020 o total de ativos mantidos pela instituição era de
US$ 4,7 trilhões e, em abril de 2021 estava em US$ 7,8 trilhões, resultando em uma alta de US$ 3,1 trilhões. Vale destacar que a maior parte dessa expansão é explicada por títulos públicos de longa maturidade, ajudando a manter os juros longos mais baixos. Notadamente, durante os meses de março a maio, os dados de inflação ao produtor e consumidor continuarão a aumentar na métrica de 12 meses, o que está em linha com o argumento da baixa base de comparação. As perspectivas são que, no caso dos EUA, o PPI – Producer Price Index chegue a 6% ao final do primeiro semestre, arrefecendo nos meses seguintes. Mesma projeção é feita para o PPI na China. Nesse sentido, os próximos meses serão decisivos para o pêndulo dos argumentos sobre o aumento de custos recentes e também para a política monetária. Não se surpreenda se o tema vier mais frequentemente nas mídias e discursos das autoridades monetárias. Fato é: ao menos durante alguns meses, produzir e consumir ficarão mais caros. 

Vokin GBV Aconcágua

Comentários dos Gestores

Em abril, o Vokin GBV Aconcágua fechou com resultado de +5,23%, enquanto o Ibovespa fechou com +1,94%. 

O mês de abril continuou com apreensão em relação ao orçamento do país, aprovado no mês de março no Congresso, mas que era inexequível nas palavras de Paulo Guedes. O debate a respeito dos vetos do presidente Bolsonaro sobre a peça orçamentária foi tema constante até o dia 22/04, último dia possível para sancionar o projeto de lei. No final, houve veto parcial, no montante de R$19,8 bi, e bloqueio adicional de R$9 bi, ajustes que fizeram o orçamento cumprir o teto de gastos, segundo o Ministério da Economia.

O clima político também foi quente nos assuntos relacionados à pandemia. Apesar do início do que parece ser uma trajetória de queda em casos e mortes, os números ainda permaneceram em patamares elevados durante abril, o que parece estar influenciando a aprovação do presidente Bolsonaro. Em pesquisas recentes, já com Lula no cenário da disputa, eles aparecem tecnicamente empatados, com o petista levemente à frente. No dia 09/04, o STF determinou a abertura de uma CPI para investigar a ações do governo na pandemia, o que pode gerar mais algum desgaste. O lado positivo ficou pelo prosseguimento da pauta do governo após o orçamento e, em maio, devemos ver avanços na discussão sobre a reforma tributária, reforma administrativa, capitalização da Eletrobras, privatizações e concessões.

Nos EUA, a retomada econômica está em pleno curso, na medida em que a vacinação avança e as medidas restritivas são relaxadas. Na China, apesar da menor confiabilidade nos dados, a economia parece já estar a pleno vapor, e esse avanço das economias acaba tendo reflexo em diversas commodities: agrícolas, metálicas e energéticas. O índice CRB, que mede uma cesta de commodities, subiu quase 8% em abril e 88,1% desde o pior momento da crise do coronavírus, em abril do ano passado. Isso acabou beneficiando o Brasil, que tem muitas empresas exportadoras desse tipo de produto, e a nossa carteira, que possui SLC, Bradespar e Ferbasa.

Outra empresa que contribuiu com o resultado do fundo no mês, e uma posição que aumentamos recentemente, foi a Iochpe-Maxion, uma companhia do setor automotivo, líder mundial na produção de rodas automotivas e um dos principais produtores de componentes estruturais automotivos (longarinas, travessas e chassis montados) nas Américas. Com 31 unidades fabris localizadas em 14 países e com cerca de 15 mil funcionários, a Iochpe apresenta capacidade produtiva de, aproximadamente, 79 milhões de rodas por ano, sendo 62 milhões rodas de aço e 17 milhões rodas de alumínio, conferindo-lhe 18% de market-share em rodas de aço e 4% em rodas de alumínio. A companhia, de origem nacional, aproveitou da fragilidade financeira em que o setor automotivo se encontrava no pós-2008 para internacionalizar-se através da compra de cinco concorrentes entre 2009 e 2012, aumentando seu volume produzido de rodas em 12 vezes em quatro anos e sua exposição a receitas em dólar de 10% para 70%. A alavancagem da companhia, que se elevou para 5,1x Dívida Líquida/EBITDA após as aquisições, estava em trajetória de redução, terminando 2019 em 2,2x, quando a pandemia apareceu e impactou severamente o setor automotivo global. A valorização cambial do dólar – que em uma situação normal é positiva para a companhia – foi prejudicial em 2020, dado que os volumes e as margens operacionais foram reduzidos, enquanto a dívida dolarizada em reais aumentou. Com isso, a alavancagem terminou o ano de 2020 em 6,5x, trazendo apreensão ao mercado e impactando severamente no preço de suas ações, momento em que decidimos montar posição. Com a trajetória da alavancagem melhorando significativamente a medida em que os resultados durante a pandemia ficam para trás e com o dólar permanecendo em patamares elevados, acreditamos em uma redução significativa da alavancagem financeira, terminando o ano entre 3,5-3x. A empresa negocia a apenas 0,65x seu valor patrimonial, é líder global em seu setor de atuação, tendo uma boa diversificação geográfica, competitividade em custo e com inovações em redução de peso, flexibilidade, soluções de conectividade e processos de acabamento, além do seu produto não sofrer impactos de obsolescência com a introdução dos veículos elétricos.

Para o próximo mês, será importante monitorar o avanço da pauta do governo de reforma do Estado, com as discussões sobre a reforma tributária e administrativa, e os avanços em concessões e privatizações. Será importante também monitorar o plano de Biden para elevação de impostos sobre ganho de capital, que pode afetar as ações nos EUA e pode repercutir no Brasil, com a discussão sobre taxação de dividendos, que também pode afetar a Bolsa local. Do lado positivo, devemos monitorar a vacinação no Brasil para entendermos os prazos e velocidade das reaberturas em cada região.

Vokin K2 Long Biased FIA

Comentários dos Gestores

A Iochpe precificou uma oferta de títulos de dívida no exterior, vinculada a metas de sustentabilidade, emitidos por suas controladas Iochpe-Maxion Austria e Maxion Wheels de Mexico, no valor de US$ 400 milhões, com vencimento em 2028 e taxa de juros de 5,0% a.a, com objetivo de alongar o perfil de dívida da Companhia. Adicionalmente, a Companhia informou que titulares da oitava, nona e décima emissões de debêntures simples, não conversíveis em ações, de espécie quirografária, aprovaram, nesta data, concessão de renúncia e perdão prévio para eventual não observância pela Iochpe do índice financeiro previsto nas escrituras das emissões, sem que haja configuração de evento de inadimplência.

O Banrisul deliberou pelo pagamento de dividendos complementares do exercício de 2020 no valor de R$ 23 milhões, representando aproximadamente 0,45% de dividend yield, com liquidação em 28/05/2021. O Banco também encerrou contrato de associação societária firmado mediante a constituição de Joint Venture com a VG8VJ, operação no qual oferecia solução integrada de pagamento de estacionamentos em centro de compras junto aos lojistas credenciados (operação VeroGo), devido à mudança estrutural no setor de aquirencia e agravamento dos negócios devido à pandemia. O Conselho de Administração (CA) do Banrisul também aprovou a constituição de um Comitê Especial Independente, a ser composto exclusivamente por membros independentes do CA, para avaliar o novo termo contratual referente à cessão de serviços relacionados à folha de pagamento do Estado, com a finalidade de evitar conflitos de interesse.

A Oi aceitou a proposta vinculante apresentada pela Globenet e o BTG para aquisição de parcela da unidade proprietária dos ativos de infraestrutura de fibra ótica (InfraCo). O Enterprise Value (EV) da InfraCo previsto para 31/12/2021 é de R$ 20 bilhões, considerando uma dívida líquida de R$ 4,1 bilhões. O pagamento se dará em três parcelas, além da Incorporação da Globenet, avaliada em R$ 1,5 bilhões.

A Celesc divulgou o consumo de energia elétrica referente ao 1T21 de suas áreas de concessão. No mercado cativo o consumo consolidado caiu 3,3% (em relação ao 1T20), com queda em todas as classes de consumo, exceto residencial, que apresentou aumento de 3,2%. Na classe de consumidores livres, houve aumento de 9,2% em relação ao mesmo trimestre de 2020, direcionado principalmente pelo bom desempenho do mercado industrial (+9,5%). No Consolidado, houve crescimento de 0,9% no período, com consumo total de 6.866 GWh.

A SLC Agrícola assinou contrato de arrendamento com a Agrícola Xingu S.A, através do qual passará a explorar uma área de 39.034 hectares (aproximadamente 8% da área plantada total da Empresa), distribuídos entre os municípios de Correntina/BA (34.284 ha), com prazo de contrato de 15 anos, e de Unaí/MG (4.749 ha), com prazo de 10 anos.

O Assaí, através de seu conselho de administração, aprovou a emissão de debêntures no valor de R$1,2bi, com vencimento entre 5 e 7 anos.

O Bradesco aprovou um novo programa de recompra de suas ações, autorizando a compra de até 97 milhões de ações nominativas-escriturais e posterior cancelamento das mesmas, sendo aproximadamente 50% ordinárias e 50% preferenciais. O total de ações aprovado para recompra representa aproximadamente 1% do total de ações em circulação.

Vokin Everest FIC FIM

Comentários dos Gestores

Abril foi outro mês positivo para os mercados financeiros globais, novamente com níveis de volatilidade relativamente baixos e permanência da elevada liquidez disponibilizada pelos governos e bancos centrais impulsionando os ativos de risco, ao mesmo tempo em que o avanço da vacinação tem permitido uma retomada mais consistente no nível de atividade. O principal destaque ficou por conta do movimento nas curvas de juros nos Estados Unidos que, após três meses de alta significativa com o aumento da expectativa de inflação, acabou apresentando leve retração. 

 No Brasil, a grande notícia positiva do mês foi a melhora nos indicadores de hospitalização por Covid-19 em diversas cidades cuja capacidade de atendimento hospitalar estava esgotada, melhorando, assim, não só o nível de preocupação da população, mas, também, possibilitando a volta gradual da circulação. No tema político, aparentemente as atenções do Congresso estiveram concentradas no início da CPI da Covid no Senado, cujos desdobramentos deverão dominar o ambiente ao longo de maio. Com relação ao desempenho dos principais ativos locais, a bolsa teve leve alta (Ibovespa com +1,94%), desvalorização do dólar frente ao real (-3,46%) e fechamento das taxas de juros reais após três meses consecutivos de abertura (levando à alta de +0,65% no IMA-B). 

O Everest encerrou o mês com desempenho positivo, alta de 0,82% ante +0,21% do CDI, acumulando alta de +2,18% no ano, contra +0,69% do CDI, equivalente a 315% do CDI. Os fundos com maior exposição direcional em renda variável foram os que tiveram melhor desempenho no mês, como o GBV Aconcágua (+5,23% no mês) e Pandhora Long Biased (+3,94%), além do quantitativo Pandhora Essencial (+3,57%). Entre os destaques negativos, os piores resultados vieram do fundo quantitativo Giant Zarathustra (-0,52% no mês), seguido de multimercados macro com posições favoráveis à abertura das curvas de juros, como Ibiúna STH (-0,38%) e Itaú Hedge Plus (-0,31%).

Durante o mês foram realizados dois ajustes na carteira, com um novo incremento na posição direcional em títulos públicos pré-fixados (LTN 2023) e o resgate total do fundo Apex Infinity 8, que possui perfil Long Bias e já era uma posição relativamente pequena na carteira. Com relação ao resgate total, admiramos a gestora e o próprio resultado de longo prazo do fundo, que inclusive historicamente contribuiu de forma positiva para o retorno do Everest, no entanto, no passado recente, o resultado esteve muito atrelado ao próprio desempenho do Ibovespa. 

Ainda que o ambiente político brasileiro permaneça bastante instável, reduzindo a possibilidade de avanço de reformas estruturais no curto prazo para tentar sanar o problema fiscal, o ambiente econômico deve entrar em uma dinâmica mais favorável à medida em que as cidades vão retirando suas restrições de mobilidade e possibilitando uma retomada mais consistente do consumo e emprego. Aliado a isso, a combinação entre elevação de preços de diversas commodities nos mercados internacionais e o Real em um patamar relativamente desvalorizado deverão contribuir significativamente para a pauta de exportações, ampliando a capacidade de entrada de recursos no país.

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